IWRCF no Estadão: Distribuidoras de bebidas denunciam Ambev ao CADE por práticas anticompetitivas
Ricardo Inglez de Souza foi entrevistado pelo jornal Estado de São Paulo sobre a denúncia apresentada pela Confenar (Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Distribuição) contra a Ambev perante o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica):
Distribuidoras de bebidas denunciam Ambev ao Cade por práticas anticompetitivas
Confenar, que representa as distribuidoras que trabalham para a empresa, pede que seja adotada medida preventiva contra Ambev; multa pode chegar a 20% do faturamento
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O advogado da Confenar, Ricardo Inglez, disse que a atuação da Ambev é uma repetição de outra prática já condenada pelo Cade, o programa chamado “Tô Contigo”, que resultou na aplicação de uma multa de R$ 353 milhões em 2009 contra a empresa, mais tarde reduzida para R$ 229 milhões.
Na época, a empresa foi condenada por exigência de exclusividade em pontos de venda. No caso atual, porém, a prática denunciada é contra as distribuidoras, que funcionam como o elo entre a indústria e o varejo, como supermercados e bares. “As distribuidoras acabaram se vendo sem liberdade de gerenciar o próprio negócio. As políticas são impostas pela Ambev em toda a cadeia e o consumidor é o prejudicado”, afirmou Inglez.
De acordo com o advogado, a Ambev, por contrato, estabelece um preço máximo para as distribuidoras venderem os seus produtos. Mas a empresa também “manipularia” o preço praticado pelo varejo e, ao controlar os custos da distribuição, acaba “obrigando” a revenda a praticar esse preço máximo para ter alguma margem, como se fosse tabelado.
“Na nossa visão, o que a Ambev fez foi armar uma cena de marionete no mercado, que ela manipula, induz e força preços e pré-condições, determina todos os elos da cadeia. É uma conduta que vem silenciosa aos longos dos anos”, afirmou.
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